segunda-feira, 30 de abril de 2012




Um Oásis de Reflexão e Fazer


         

NAIRA SALES (TEXTO) BIANCA FONSECA (FOTOS)
MATÉRIA PUBLICADA JORNAL DO COMMERCIO

         Localizado aos pés do Cristo Redentor o Parque Laje tem espaço apropriado para moradores e turistas que buscam arte, lazer e beleza. Entre os atrativos do parque, podemos destacar o aquário construído em argamassa imitando rochas e troncos de árvores, Chafariz e bancos proporcionam ao visitante um agradável momento junto à natureza. Os visitantes também poderão apreciar a partir desta sexta-feira as exposições Estética da Gambiarra, de Cao Guimarães, e Instâncias do Desenho, dos artistas do Atelier Subterrânea (Adauny Zimovsky, Gabriel Netto, Guilherme Dable, James Zortea, Lilian Maus e Túlio Pinto) e o Cine Lage programação única de vídeos e filmes, que não é exibida no circuito comercial.
         Há também no Parque a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV) que oferece formação para artistas iniciantes, bem como para os que já têm trajetórias estabelecidas e os demais interessados em arte. "Os programas gratuitos formam artistas iniciantes, bem como para os que já têm inscrições abertas em diversas etapas Fundamentação, Concepção, desenvolvimento e aprofundamento", explica a diretora da EAV Claudia Saldanha.
          "Uma novidade que merece destaque é o curso Projeto de pesquisa: A Imagem em questão, coordenado por Glória Ferreira e Luiz Ernesto Moraes. Destinado a artistas e pesquisadores de várias áreas, promove a reflexão teórica e prática sobre questões que permeiam o meio da arte em sua relação com o mundo", diz Claudia.
          Na mostra Estética da Gambiarra de Cao Guimarães, o visitante terá a oportunidade de ver cerca de 15 fotografias e 4 vídeos, que formam uma conversa e demonstram como essa constelação poderia ser chamada de ‘estética da gambiarra’ em seu trabalho. Cao apresenta fenômenos que participam de um mínimo, de um micro-cosmos, que resultam em trabalhos como Sopro, Nanofania (2003) ou na série Gambiarras, todos presentes na exposição. São obras que podem ser denominadas micro-dramas da forma, pois guardam uma especificidade ou potencialidade dramática qualquer. A produção de Cao Guimarães é regida por uma economia de símbolos e gestos.
          Já na exposição Instâncias do Desenho, dos artistas do Atelier Subterrânea o visitante irá ver seis artistas que gerenciam o espaço, que possui seis anos de existência. A mostra propõe a criação de um trânsito no caminho inverso ao que vem sendo feito pelo grupo, trazendo a produção artística dos integrantes para o Rio de Janeiro, onde, segundo eles "percebe-se uma tendência comum de explorar o desenho como meio autônomo e híbrido".


       O Parque Lage está ligado à memória da cidade. Antigo engenho de açúcar na época do Brasil Colonial, suas terras se estendiam até as margens da lagoa, (atual Rodrigo de Freitas), conhecida na época pelos índios como de Sacopenapã - lagoa de raízes chatas, em Tupi-Guarani. O Engenho Del Rey pertencia a Antonio Salema, governador do Rio de Janeiro no século 16. 
          Após 1660, passou a pertencer à família Rodrigo de Freitas Mello. Em meados do século 19, um nobre inglês compra parte das terras, e contrata em 1840 o paisagista inglês John Tyndale para projetar um jardim de estilo romântico, nos moldes das quintas européias.
           Em 1859, parte da fazenda passa a ser propriedade de Antonio Martins Lage. Os anos se passam, a chácara vai parar em outras mãos, mas, em 1920, um neto de Antonio Martins Lage, o empresário Henrique Lage, a compra.
Amante das artes, Henrique Lage apaixona-se e casa-se com a cantora lírica italiana, Gabriela Besanzoni. Para agradar a artista, manda construir uma réplica perfeita de um ‘palazzo romano’, e reformula parte do projeto paisagístico.
           A fachada principal tem pórtico saliente, totalmente revestido de cantaria. O casarão, construído em torno de uma piscina, tem mármores, azulejos e ladrilhos importados da Itália. As pinturas decorativas dos seus salões foram assinadas por Salvador Paylos Sabaté.
              O caráter eclético de sua arquitetura aliado ao estilo de vida de seus moradores refletiam o espírito de uma época, onde a vida social da cidade tinha lugar nos salões como o Palacete dos Lage. Deste período ainda encontram-se no Parque Lage algumas ruínas do antigo engenho de açúcar ali existente. Estes valores justificaram o tombamento da área verde, e das construções arquitetônicas ao seu redor pelo IPHAN, no ano de 1957, como patrimônio paisagístico, ambiental e cultural.






 Regras de visitação

- Para a realização de seu piquenique, salientamos que, por se tratar de área pública, não é possível a reserva de espaço com antecedência. É aconselhável chegar cedo para a preparação de seu piquenique, que não deve ultrapassar o número de 30 participantes.
- Áreas disponíveis para piquenique: Parquinho, Platô, Lago dos Patos, ao lado da Gruta, Recanto dos Namorados e Coreto.
- Em respeito ao ecossistema e aos outros visitantes, não é permitido o uso de aparelhos sonoros em alto volume.
- Não é permitido pendurar objetos nas árvores (como por ex; balão de encher), nem a utilização de elementos decorativos, mesas e suportes.
- Lembre-se de tratar do lixo produzido com responsabilidade, ensacando-o e procurando o local adequado para depositá-lo.
- Não é permitido ao visitante entrar com animais domésticos no Parque.
- Não é permitido ao visitante alimentar os animais, pois é prejudicial à preservação das espécies.
- Evitar se aproximar dos lagos e dos animais.
- Preservar as flores e as plantas





- Leve sempre saquinhos para recolher o lixo, evitando assim, entulho nas trilhas e passeios.
- Não fazer atalhos em trilhas, pois, além da possibilidade de se perder na mata, os atalhos causam erosão.
- Fotografias de noivas e debutantes serão autorizadas nas áreas externas somente com agendamento prévio e em dias específicos.
- Preservar o patrimônio cultural. Lembre-se que estamos em área de proteção cultural e ambiental. Zele pelo Patrimônio.
- Respeitar o silêncio no interior da Escola e da biblioteca, para não atrapalhar o funcionamento das aulas.
- Evitar qualquer espécie de ruído alto para não incomodar os alunos, professores e visitantes que circulam pelo Parque.
- Tomar cuidado com os trabalhos expostos nos cavaletes para que não sejam danificados.
- É permitido tirar fotos e filmar apenas para uso particular e somente nas áreas externas. Não é permitido fotografar ou filmar dentro das galerias.
- Não está autorizado o toque nas obras. Quando for possível interagir com essas, tal informação será dada pelos monitores, que orientarão o visitante sobre como fazê-lo sem riscos.
- O visitante deve procu
rar usar o telefone celular nas áreas externas e deve evitar usá-lo dentro das galerias.  










Mais informações: http://www.eavparquelage.rj.gov.br/

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