quarta-feira, 12 de setembro de 2012


Às areias da praia de Copacabana receberá 
a 40ª edição do projeto Aquarius 




O jornal O Globo realiza no sábado, dia 15 de setembro, a 40ª edição do projeto Aquarius, que, desta vez, levará às areias da praia de Copacabana um programa dedicado à música e à dança brasileira. Sob a regência do maestro Roberto Minczuk, composições de alguns dos maiores nomes da música clássica do país, como Heitor Villa-Lobos, Alberto Nepomuceno e Francisco Mignone, serão apresentadas pela Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB).
Com apresentação do Governo do Estado do Rio de Janeiro e parceria institucional da Fundação OSB, o objetivo do Aquarius é democratizar a cultura por meio de espetáculos ao ar livre. O Aquarius 2012 levará ao público as vozes do Coro Sinfônico do Rio de Janeiro e do Coro de Crianças da OSB, regidos pelo maestro Júlio Moretzsohn. O jornalista Pedro Bial será o apresentador do concerto.
Um dos momentos mais esperados da noite será a participação especial da bailarina Ana Botafogo que fará uma apresentação solo. A reprodução do figurino da artista é de Cecilia Modesto. Ana vai dançar pela primeira vez com um figurino instalação, que é um aro com contas nacaradas, inspirado em danças sagradas. Um vestido aramado com contas aplicadas irá valorizar os movimentos da bailarina. O espetáculo terá ainda apresentações da Companhia Jovem de Ballet do Rio de Janeiro e dos alunos da Escola de Dança Maria Olenewa.
Este ano o Aquarius terá direção artística de Carla Camurati. A diretora do Theatro Municipal é estreante no projeto, mas reforça que seu primeiro contato com a música clássica foi em um dos concertos do projeto. “Foi uma emoção receber o convite para fazer a direção artística da edição que festeja os 40 anos do Aquarius, porque, desde os meus dez anos de idade, minha mãe me levava para a Quinta da Boa Vista para assistir aos concertos”, contou Camurati.
A obra principal será “O Maracatu de Chico Rei", de Francisco Mignone, apresentado na íntegra com orquestra, coro e bailado. Também estão no programa o “Choros nº10” e “O Trenzinho do Caipira, das Bachianas Brasileiras nº 2”, ambos de Heitor Villa-Lobos, além de “O Garatuja - Prelúdio”, de Alberto Nepomuceno. Pela primeira vez apresentada no Aquarius, esta comédia lírica inacabada e composta em três atos, baseada na obra homônima de José de Alencar, é considerada a primeira ópera verdadeiramente brasileira, no que se refere à música, à ambientação e à utilização da língua portuguesa.
 Outro ponto alto da noite ficará por conta das Bachianas Brasileiras nº 4, de Villa-Lobos. A versão do maestro Roberto Minczuk foi considerada a melhor do mundo, segundo a Gramophone, reconhecida mundialmente como a principal revista de música clássica. Desta vez, a obra receberá uma coreografia especialmente criada para o espetáculo, que será apresentada por Ana Botafogo. “É um grande prazer oferecer gratuitamente a milhares de pessoas música da mais alta qualidade e de forma tão agradável”, revelou o maestro Minczuk que rege pela terceira vez os concertos do Aquarius. Em 2011, ele esteve na realização histórica do projeto, quando cinco mil espectadores assistiram à apresentação da OSB no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, um ano após a pacificação. “O repertório fica na memória de quem assiste como algo mágico! O público sai dos concertos querendo mais e quem sabe um dia alguns também não estejam nos palcos, fazendo parte dessa enorme festa”, completou.
 Em 40 anos de evento, o Projeto Aquarius construiu sua história tanto no Rio, quanto no país. Ao todo, foram realizados 324 espetáculos do projeto Aquarius em diferentes cidades do Brasil, desde 1972. E, entre os memoráveis está o do dia 7 de setembro de 1981, quando 500 mil pessoas foram assistir à reconstituição do Grito do Ipiranga,  em São Paulo. A apresentação aconteceu em três palcos e teve duas orquestras sinfônicas, um coro, três grupos de dança e a participação do regimento Dragões da  Independência, que encenou usando uniformes históricos e cavalos.

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